sexta-feira, 9 de maio de 2008

Escolas de Idiomas: Você Realmente Precisa Delas?


A maioria das pessoas acredita que a melhor maneira para se aprender um novo idioma é matricular-se em um bom curso e “se deixar levar” pelo método. Imaginam que, agindo assim, estarão aptas a falar a bem nova língua ao final do curso.
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Esse tipo de pensamento ocorre por duas razões principais. Em primeiro lugar, a ignorância, até certo ponto compreensível, dos que não são muito antenados para este assunto. Em adição a isso, vem o que considero mais grave: a má influência proveniente das propagandas das escolas de idiomas.
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De alguns anos para cá, temos observado uma intensa multiplicação de escolas de idiomas. Uma boa parte delas aborda os potenciais alunos de maneira incisiva, prometendo-lhes fluência em poucos meses ou, quando muito, em 02 anos. Conheço um caso específico de uma franquia que assegura que os seus alunos chegam ao final do curso falando inglês como um nativo. Com belas instalações e materiais cuja apresentação impressiona, essas empresas por vezes levam os desavisados a crer que é realmente simples aprender o novo idioma, bastando somente que o aluno siga a sua metodologia. Este tipo de escola atrai especialmente os adultos, que desejam (e precisam de) resultados rápidos e não têm muito tempo a perder.
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Mas eu pergunto: Você acha realmente possível desenvolver a capacidade de comunicação efetiva em um novo idioma num intervalo de alguns meses com apenas 2 horas semanais de aula (em turmas que muitas vezes têm de 7 a 10 alunos), somadas a alguns minutos de exercícios em casa? Seria muita ingenuidade acreditar que sim, mas quase todo mundo cai nessa história.
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Opostamente às escolas-de-metodologia-ultra-revolucionária, existem os cursos tradicionais. Aqui se inclui grande parte das escolas de idiomas mais conhecidas. Sua metodologia é mais pé no chão; elas não ousam prometer ao futuro aluno fluência em tão pouco tempo. Em geral, seus cursos são mais eficazes para o ensino do novo idioma por pelo menos duas razões: (i) materiais de boa qualidade (melhores que os das escolas “fast-food”); (ii) maior número de horas (leia-se anos) em que o aluno será exposto ao novo idioma. Este último motivo tem suas vantagens e desvantagens. Entre as vantagens, saliento a enorme quantidade de situações quotidianas às quais o aluno é apresentado. Isso invariavelmente leva o estudante a adquirir um vocabulário mais rebuscado, bem como a desenvolver sua habilidade de construir estruturas gramaticais complexas com menos esforço. Por outro lado, a mais grave desvantagem desse tipo de abordagem é que os alunos se tornam reféns dos cursos por anos a fio, ao final dos quais terão desembolsado uma mini-fortuna. As escolas tradicionais são mais freqüentadas por crianças e adolescentes, que têm uma maior disponibilidade de tempo para se dedicarem à nova língua.
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Embora reconhecendo que o aprendizado de um novo idioma é resultado do esforço individual, tenho observado que em geral os bons alunos das escolas tradicionais concluem o curso com mais capacidade de comunicação que os alunos das escolas-de-metodologia-ultra-revolucionária. No entanto, poucos são os “vencedores” nessa maratona de anos e anos indo à escola. Pouca gente tem tanta paciência e determinação. A maioria desiste no primeiro ou segundo ano.
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Diante desse dilema eu pergunto: existe uma maneira realmente eficaz de aprender uma nova língua sem ter que se submeter aos caprichos das escolas de idiomas? A resposta é um reverberante “sim”! Sim, é perfeitamente possível que pessoas comuns aprendam eficazmente um novo idioma sem a necessidade assistir uma única aula em escola tradicional, num curto intervalo de tempo e – o melhor – gastando nada ou quase nada em termos financeiros. Digo isto com experiência própria: depois de aprender três idiomas pelos métodos tradicionais, decidi aprender à minha maneira o francês. Passaram-se apenas alguns meses desde que realmente me engajei nessa empreitada e o saldo é positivo: já adquiri habilidade suficiente para desenvolver conversações de complexidade mediana.
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Made in Babel pretende orientá-lo a caminhar com suas próprias pernas no caminho para aprender eficaz e rapidamente a língua que você quiser. Acompanhe os nossos posts e mergulhe no mundo dos language freaks.

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